quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Noticia - Porque não temos rabo??

Podemos observar o formato do cóccix nesta ilustração, abaixo da coluna vertebral e acima da bacia pélvica.



É um tanto estranho começar com uma pergunta dessas. Sem piadinhas exóticas sobre rabos, pois a questão em xeque é séria. Seriísima!
No esqueleto humano existe um osso chamado cóccix. Este osso fica mais ou menos na região da bacia, logo abaixo da coluna vertebral. Hoje ele permite em nosso esqueleto o encaixe dos ossos à sua volta e serve como um absorvente de impacto quando nos sentamos ou caímos.Entretanto, podemos observar um formato peculiar nesse osso.


Se observarmos os esqueletos de outros mamíferos, como os macacos, ou até mesmo cães, gatos, cavalos, encontraremos uma estrutura semelhante logo após a coluna vertebral.


Estes animais têm rabo, ou uma versão animal do nosso osso cóccix.


Criacionismo "E Ele viu que era bom." - Livro do Gênesis, Bíblia.


Para começar: que é o criacionismo? O criacionismo é uma teoria que já foi amplamente aceita, circulando desde que a civilização humana se assentou, até os dias de hoje.


Basicamente, é uma teoria que diz que os seres humanos vieram para a Terra por intervenção divina.

Cada religião no mundo encara esta teoria de sua maneira própria. O cristianismo, por exemplo, acredita que após a criação do Universo, Deus colocou vida em seu planeta recém-criado.


Na renascença moderna, a poderosíssima Igreja Católica matou, queimou, torturou e fez coisas ainda piores pra quem se opusesse a ela. E se opor a ela era também se opor ao criacionismo.

Essa atemorização ameaçou até Charles Darwin, o criador do evolucionismo, que na época não teve uma boa aceitação de suas teorias revolucionárias.Outros exemplos de criacionismo: Hindu - A criação da vida e do universo é creditada a uma entidade superior chamada de "O Brahaman"Islamita: A criação de tudo é também creditada a uma entidade superior, Alá.O que a teoria afirma sobre o nosso rabo? (Cóccix)Nada, na verdade.


A teoria católica prega que Deus quis que fôssemos assim, e assim fomos. A teoria católica é baseada na Bíblia, que, por sua vez, não teve base científica. Isso quer dizer que cientificamente a Bíblia não tem validade. Mas mesmo assim, para muitos, é uma questão de fé acreditar que não temos rabo porque Deus assim quis. Questionar a fé de quem acredita é a última coisa que quero neste texto.Podemos perceber que as teorias religiosas foram criadas há muito tempo, logo, dizer que tudo apareceu num piscar de olhos era muito mais fácil do que tentar explicar científicamente as nossas origens.


Evolucionismo


Não viemos dos macacos, nem da mão divina.O evolucionismo é uma teoria formulada por Charles Darwin, o qual viajou pelo mundo todo para procurar provas que sua teoria estava certa. De acordo com ele, todos os seres vivos passam por um processo constante de seleção natural, que faz com que eles sejam obrigados a evoluir para sobreviver. Por exemplo: Quando em um determinado período da vida na Terra começaram a faltar alimentos para os seres de baixo d'água, eles se adaptaram à vida fora d'água. São conhecidos hoje por anfíbios. Aquelas raças que não se adaptassem seriam extintas, isso é uma coisa natural na história da Terra.O que diz o evolucionismo sobre o cóccix humano?Isso envolve a evolução humana, desde os tempos em que nenhum humano andava sobre a Terra. Para começar, o homem não veio do macaco. Imagine uma árvore com uma espécie X. Suponha que essa espécie evoluiu em dois ramos, Y e Z. É essa a relação que temos com os gorilas e os chipanzés, a de Y e Z, somos um ramo da família dos hominídeos e eles são parte de outro ramo. Apesar disso, é menos de 5% de nosso DNA que nos diferencia de um chipanzé, por exemplo.Nos tempos das espécies primitivas de hominídeos, as espécies desse tipo viviam nas savanas, onde se adaptaram à vida sem árvores. A savana é um ambiente praticamente sem árvores, somente algumas espaçadas umas entre as outras. Os primatas que viviam nelas se adaptaram a vida no chão. E a primeira parte a se adaptar foi o rabo. Sem utilidade, ele foi lentamente desaparecendo das espécies humanas. Se o homem continuasse a viver em árvores, talvez ele ainda tivesse um rabo. Mas ele desceu, em busca de alimentos, provavelmente, e se adaptou a vida no chão. É claro que este processo evolutivo levou milhões de anos, até atingir a escala atual de desenvolvimento. O cóccix, então, é um remanescente evolutivo daquilo que um dia foi um rabo, segundo o darwinismo.




Eu acredito pessoalmente na teoria evolucionista e concordo que esta é a que deve ser ensinada em escolas, pois é científicamente embasada. Se alguém acha que deve aprender sobre a teoria criacionista, tem de frequentar igrejas para alimentar sua crença.E o rabo? Mesmo que voltássemos a viver em árvores, duvido que ele voltasse à nossa anatomia. Desenvolveriamos braços e pernas mais fortes, mas não um rabo, acredito eu.

Evolucionismo vs Fixismo




Fixismo: admite que as espécies, desde o seu aparecimento, são imutáveis, ou seja, não sofrem modificações. Tem os seguintes ramos:




Criacionismo: defendia que todos os seres vivos tinham sido obra divina e que por isso eram perfeitos e não precisavam de sofrer alterações




Espontaneísmo: a vida surgia quando existissem condições favoráveis a isso, uma dessas condições era a existência de uma força vital




Catastrofismo: a existência de catástrofes naturais destruía determinados seres vivos, outras espécies existentes iriam povoar esses locais desabitados.






Evolucionismo: admite que as espécies não são imutáveis e que sofrem modificações ao longo do tempo, antes de Lamarck era também conhecido como transformismo.









Lamarckismo



- O meio é agente causador das modificações -> uma alteração do meio provoca nos seres vivos o aparecimento de novas características que lhes permitem a adaptação a esse ambiente




- Lei do Uso e do Desuso



- Lei da transmissão dos caracteres adquiridos







Factores que influenciaram Darwin na formulação da sua teoria


Darwin era fixista e acreditava que cada espécie tinha sido criada para ocupar um determinado local.
à Logo, a fauna e a flora das ilhas deveriam ser semelhantes entre si, por se tratarem de ambientes semelhantes.



Dados Biogeográficos



No entanto, constatou (numa viagem a bordo do navio Beagle) que as espécies de Cabo Verde (arquipélago) eram semelhantes às da Costa africana, mas diferentes das espécies das Galápagos (arquipélago).


A explicação encontrada por Darwin para esta situação foi a de que as espécies dessas ilhas eram mais parecidas com as do continente por partilharem um ancestral mais recente, logo as semelhanças seriam resultado de uma descendência comum.



Nas Galápagos, ao analisar tentilhões, Darwin apercebeu-se que estes eram diferentes de ilha para ilha. Mas apesar dessas diferenças apresentavam grandes semelhanças entre si. Também eram parecidos aos da costa americana.



Portanto deveriam ter uma origem comum. As condições existentes em cada ilha condicionariam, então, a evolução de uma espécie de tentilhão, conduzindo à diversidade observada.
Mas não o observou somente com os tentilhões. Também com as tartarugas se passava o mesmo.

Dados geológicos

Também a leitura da obra de Charles Lyell, mais especificamente, a Teoria do Uniformitarismo (princípio das causas actuais e gradualismo) influenciou Darwin: assim como acontecia com os fenómenos geológicos, também as espécies teriam evoluído lenta e gradualmente, modificando as características presentes nalgumas espécies. Os fósseis e fenómenos vulcânicos que Darwin tinha observado, contribuíram para a aceitação desta teoria por parte dele, assim como a idade da Terra estimada na altura (vários milhões de anos), que era considerada suficiente para permitir essa evolução lenta e gradual.

Dados demográficos



Num estudo demográfico de Thomas Malthus, tinha sido determinado que a população humana tinha a tendência de crescer geometricamente (progressão geométrica), ao passo que os recursos alimentares cresciam segundo uma progressão aritmética.
à No entanto os factores externos poderiam condicionar o crescimento da espécie.
Darwin transpôs esta teoria para os animais em geral. Assim admitia que apesar da tendência de crescimento das populações ser geométrica, na realidade isso não se verificava. Isto seria devido a uma série de factores exteriores: condições climáticas, escassez de alimento, competição, doenças, etc.
Darwin tinha verificado, por experiência própria, que a selecção artificial, recorrendo a cruzamentos controlados, permitia a selecção de determinadas características, ao seleccionar progenitores com as características pretendidas. Seria, então, mais provável que os descendentes também as apresentassem, o que se tornaria mais visível com o passar das gerações. Darwin transportou esse conceito de selecção para a Natureza, passando a chamá-la de selecção natural.
à Assim, consoante os factores ambientais, vão sobrevivendo e reproduzindo-se os indivíduos com maior capacidade de sobrevivência naquelas condições, os mais aptos. No decorrer do tempo e das gerações, as modificações vão-se tornando mais visíveis, no contexto da população.
Foi com base nestes pressupostos que Darwin propôs uma teoria evolucionista.

Conceitos essenciais do Darwinismo: selecção natural, variabilidade intra-específica, luta pela sobrevivência, sobrevivência diferencial, reprodução diferencial.

O que Darwin não conseguiu explicar: porque existiam variações entre os indivíduos de uma determinada espécie e como eram transmitidas as características aos descendentes

Darwinismo
- Variabilidade intra-específica
- As populações tendem a crescer segundo uma progressão geométrica, produzindo mais descendentes do que os que acabam por sobreviver
- Existe luta pela sobrevivência (vários descendentes são eliminados)
- Alguns indivíduos (os mais aptos) possuem características que são favoráveis à sua sobrevivência num determinado meio
- Os mais aptos vivem mais tempo (sobrevivência diferencial) e reproduzem-se mais (reprodução diferencial)
- As características mais adaptativas são transmitidas aos descendentes
- A lenta e gradual acumulação de características conduz, passadas várias gerações, ao aparecimento de novas espécies

Argumentos a favor do Evolucionismo


(A: já utilizados por Darwin;


B): surgem posteriormente a Darwin

A1: Biogeográficos
à Importância da proximidade geográfica na distribuição dos seres vivos semelhantes

A2: Anatomia Comparada
- Estruturas homólogas (com o mesmo plano anatómico/estrutural e a mesma origem embriológica, podem ou não desempenhar a mesma função): traduzem a existência de um ancestral comum que, sujeito a pressões selectivas diferentes, evolui de forma a originar diversidade de indivíduos/grupos – evolução divergente



- Estruturas análogas (não apresentam o mesmo plano estrutural nem a mesma origem embriológica, desempenham a mesma função): realçam que pressões selectivas idênticas favorecem, a partir de estruturas anatomicamente diferentes, a aquisição de formas semelhantes para desempenho das mesmas funções – evolução convergente



- Estruturas vestigiais (órgãos atrofiados, que não apresentam uma função evidente nem importância fisiológica, num grupo de seres vivos, mas que se mantêm funcionais noutros grupos de seres vivos): sugerem que estes órgãos foram úteis a um ancestral comum que, sujeito a pressões selectivas diferentes, evoluiu em sentidos diferentes – evolução divergente

A3: Paleontológicos
à Fósseis diferentes de organismos vivos actuais
à Fósseis de transição

A4: Embriológicos
à A embriologia fornece provas a favor do evolucionismo, porque, em estados iniciais embrionários, são perceptíveis homologias entre várias espécies/classes, que não é possível observar em organismo adultos. Sugere a existência de um ancestral comum, que terá sofrido depois evolução divergente

B1: Citológicos
- A Teoria Celular, ao considerar que todos os seres vivos são constituídos por células e que estas são a sua unidade estrutural e funcional, sugere uma base comum para todos os seres vivos
- A existência de vias metabólicas idênticas em organismos aparentemente muito diferentes (ex. respiração em animais e plantas) sugere também um ancestral comum

B2: Bioquímicos
- Todos os organismos são constituídos pelos mesmos compostos orgânicos, o que sugere um ancestral comum
- A universalidade do código genético com intervenção do DNA e do RNA no mecanismo de síntese proteica aponta para um ancestral comum
- A sequenciação do DNA tem revelado homologias de código genético que apontam para uma relação de parentesco entre todos os seres vivos
- A hibridação do DNA permite estimar proximidade entre duas espécies diferentes, através do emparelhamento de cadeias de DNA de espécies distintas

Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução(inclui dados não utilizados por Darwin: da genética e da hereditariedade)

Os indivíduos de uma população (unidade evolutiva) apresentam variabilidade devido a:



- mutações (aparecimento de novos genes à novas características)


- recombinação génica (diferentes possibilidades de combinação dos genes, na sequência da meiose e da fecundação)


- A existência de variabilidade intra-específica possibilita a actuação da selecção natural


- Os indivíduos com genes que lhes conferem características mais adaptativas para um determinado meio (os mais aptos) sobrevivem e reproduzem-se mais (sobrevivência e reprodução diferencial), transmitindo aos descendentes os seus genes, através das células reprodutoras, estes genes serão mais frequentes nas gerações futuras


- A acumulação lenta e gradual (gradualismo) destes genes ao longo de muitas gerações leva a alterações do fundo genético da população à surge uma nova espécie














Origem da multicelularidade




Os organismos unicelulares não podem aumentar indefinidamente o seu tamanho. À medida que aumenta de tamanho, o volume interior de uma célula aumenta, o que provoca o aumento correspondente do seu metabolismo celular.



Este aumento do metabolismo exige o aumento das trocas de matérias com o exterior, para garantir os níveis mais altos de metabolismo.




No entanto, existe uma barreira física ao aumento do tamanho das células, porque ao aumento do volume das células corresponde um aumento muito pequeno da superfície da membrana citoplasmatica em contacto com o meio extra-celular.




O metabolismo celular depende, assim da razão da superfície da membrana entre a superfície externa da célula e o seu volume.




Face á impossibilidade e aumentarem indefinidamente o seu volume, os seres vivos unicelulares seguiram outras vias evolutivas que haveriam de originar a organização em colónias e posteriormente a pluricelularidade. A associação de seres unicelulares em estruturas maiores e nais complexas - colónias – bem como o aparecimento de seres pluricelulares vieram permitir o aumento, mantendo elevada a superfície de contacto das células com o seu exterior. Desta forma, garantida a eficácia das trocas e a eficiência do seu metabolismo, o processo evolutivo pôde prosseguir no sentido do aumento de volume do organismo.





A alga volvox é um ser colonial constituído por uma esfera oca de células biflageladas mergulhadas numa matriz gelatinosa que as une. Os flagelos estão localizados para o exterior da esfera e permitem o movimento da colónia.

As células mantêm a sua independência, apesar de existirem ligações citoplasmáticas entre elas. Algumas células têm função reprodutiva, o que indicia uma incipiente especialização celular. Apesar deste aumento gradual de complexidade e de interligação entre as suas células os organismos coloniais não constituem seres pluricelulares, uma vez que a diferenciação celular não existe. Admite-se que os primeiros seres multicelulares tenham surgido na sequência de um aumento de complexidade e diferenciação celular nos seres coloniais. Colónias semelhantes ao volvox, poderão, por esta via, ter dado origem ás algas verdes multicelulares. O elevado grau de interligação entre as células e a diferenciação celular abriram o caminho ao aparecimento dos tecidos e dos órgãos que caracterizam a maioria dos seres multicelulares.



ORIGEM DOS SERES EUCARIONTES



A maioria dos biólogos considera que a divisão fundamental no mundo biológico é a que separa os seres procariontes dos eucariontes, divisão esta, baseada na estrutura celular dos organismos. No entanto, apesar das diferenças bem conhecidas entre estes dois grupos, têm sido estabelecidas importantes relações entre eles.


Os procariontes constituem, mesmo na actualidade, mais de metade da biomassa da Terra, e colonizaram todos os ambientes. No entanto, a evolução não se satisfez com este sucesso e surgiram níveis mais complexos de organização.
A origem da Vida parece ter ocorrido há cerca de 3400 M.a., quando o nosso planeta já teria 1000 ou 1500 M.a. de idade. A célula conserva em si, a nível da sequência de aminoácidos, proteínas ou bases nucleotídicas, diversas marcas do seu passado, pois cada gene de uma célula actual é uma cópia de um gene muito antigo, ainda que com alterações.
Este é o motivo porque se considera a existência de um
ancestral comum entre organismos que apresentem grande número de nucleótidos ou proteínas comuns.






Até há pouco tempo considerava-se que as células eucarióticas teriam derivado de procariontes unicelulares, por um processo desconhecido de complexificação, designado por hipótese autogénica. Esta teoria considera que a célula eucariótica teria surgido através de especialização de membranas internas, derivadas de invaginações da membrana plasmática.
É sabido que a associação entre duas células é comum e pode trazer vantagens importantes, tanto em procariontes como em eucariontes. As bactérias formam frequentemente agregados simples, em que as células não apresentam ligações citoplasmáticas, mas beneficiam, apesar disso, da protecção do número. O estudo de situações deste tipo revelou, no entanto, que um conjunto de
procariontes nunca funcionará como uma estrutura multicelular.
Surge, portanto, um corolário para esta afirmação, que consiste na obrigatoriedade da presença de
células eucarióticas para o desenvolvimento da multicelularidade.



Representação esquemática da teoria endossimbiótica para o surgimento da célula eucariótica

A teoria de maior aceitação, proposta por Lynn Margulis, a Teoria
Endossimbiótica, sugere que as células eucarióticas seriam o resultado da associação de células procarióticas simbióticas.
A simbiose entre estas
células procarióticas teria evoluído para graus de intimidade tais, que algumas células envolveriam outras completamente, embora as primeiras ficassem intactas no interior do hospedeiro. Estas células envolvidas teriam originado os organitos de uma célula eucariótica actual.
Segundo Margulis, a célula eucariótica típica teria surgido sequencialmente, em 3 etapas, como se pode ver ao lado:

- proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de bactérias aeróbias, obtendo mitocôndrias;

- proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de bactérias espiroquetas, obtendo cílios, flagelos e, mais tarde, outras estruturas com base em microtúbulos como os centríolos e citosqueleto;

- proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de cianobactérias obtendo plastos.


Um bom exemplo de como esta teoria pode ser correcta é a evolução dos cloroplastos em protistas fotossintéticos, que parece resultar de uma série de processos endossimbióticos.
Aparentemente todos os cloroplastos remontam ao envolvimento de uma
cianobactéria ancestral por uma outra célula, um proto-eucarionte. Este será designado o fenómeno endossimbiótico primário e teria resultado na formação do cloroplasto clássico com duas membranas (uma resultante da membrana plasmática da cianobactéria e outra da membrana da vesícula de endocitose da célula maior). Teria sido assim que surgiram os cloroplastos das algas verdes e vermelhas.
As algas
euglenófitas, no entanto, teriam cloroplastos formados por um fenómeno endossimbiótico secundário, ou seja, o seu ancestral terá envolvido uma clorófita unicelular e descartado toda a célula excepto o cloroplasto. Esta é uma possível explicação para o facto de as euglenófitas apresentarem os mesmos pigmentos fotossintéticos que as clorófitas e as plantas, bem como para a terceira membrana que envolve o cloroplasto destas algas unicelulares.
Outros protistas fotossintéticos apresentam cloroplastos resultantes da endossimbiose secundária de
rodófitas unicelulares e chegam mesmo a participar em fenómenos de endossimbiose terciária, originando um grupo de dinoflagelados com cloroplastos envolvidos por quatro membranas.







ORIGEM DOS SERES EUCARIONTES