A clonagem artificial tem como suporte teórico as pesquisas desenvolvidas em 1938 por Hans Spemann (1869-1941), que em 1902 tentara separar células de um embrião de salamandra no seu estádio inicial de multiplicação, sem sucesso. Em 1952, os Drs. Robert Briggs e Thomas J. King clonaram pela primeira vez elementos do reino animal, obtendo rãs por processos não naturais.
A clonagem em mamíferos é uma técnica relativamente recente, tendo sido efectuada com êxito pela primeira vez em 1997, quando foi clonada artificialmente uma ovelha, Dolly, a partir das células mamárias de um individuo já adulto e, em 2001, Cc uma gata doméstica.
A teoria que permitiu levar à clonagem de diversas classes de animais, é conceptualmente simples, mas tecnicamente complicada, visto que os cientistas têm de lidar e modificar células de diminutas dimensões (10 a 50 µm).
A clonagem em laboratório pode ser realizada de dois modos distintos; no primeiro processo é substituído o núcleo de uma célula pelo organelo a clonar, enquanto que no segundo processo são separadas duas células na fase inicial da multiplicação celular, pelo que também é denominado como duplicação. O primeiro método, ao produzir seres geneticamente iguais mas únicos, é semelhante ao processo que origina gémeos univitelinos.
Em qualquer um dos casos, a célula resultante deve ser implantada por fertilização in vitro no portador, onde se irá desenvolver segundo os padrões normais, pelo que nas duas técnicas até agora desenvolvidas, são obrigatoriamente necessárias duas células de dois indivíduos diferentes, e um terceiro exemplar da mesma espécie dos anteriores. Embora até agora estás técnicas tenham obtido resultados animadores a percentagem de sucesso ainda é baixa tendo os cientistas previsto que a sua utilização em humanos se traduziria em elevadas taxas de má formação e mortalidade.
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