domingo, 3 de maio de 2009
Metamorfismo
Todo processo que leva a mudanças, no estado sólido, na mineralogia e/ou textura de uma rocha. Estas mudanças acontecem devido à variação das condições de pressão e temperatura atuantes sobre a rocha.
Os processos intempéricos, que ocorrem na superfície e em ambiente sub-atmosférico ou em baixas profundidades e os processos diagenéticos, responsáveis pela litificação das rochas sedimentares, não são considerados como metamórficos, apesar de satisfazerem a definição acima.
Metamorfismo de contacto
O metamorfismo de contacto, também conhecido como metamorfismo térmico , resulta da intrusão de magma a alta temperatura em rochas preexistentes. Este tipo de metamorfismo pode incidir sobre rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas. O calor libertado pelo magma intrusivo provoca nas rochas adjacentes a alteração dos minerais existentes e a formação de minerais novos. A pressão confinante pode influenciar a recristalização mas, neste tipo de metamorfismo, a pressão não é um factor muito significativo, pois este tipo de metamorfismo não ocorre a grandes profundidades, em geral não ultrapassando os 10 quilómetros. A zona de contacto de metamorfismo, também denominada auréola de metamorfismo , é relativamente estreita, geralmente com 1 a 50 metros de largura. Uma intrusão de pequeno volume, como, por exemplo, um dique, pode descorar e endurecer as rochas encaixantes numa zona de alguns centímetros a partir do contacto, enquanto uma grande intrusão magmática pode originar uma auréola de grande superfície. A natureza litológica das rochas formadas depende da natureza litológica do terreno encaixante. Como no metamorfismo de contacto a pressão é pouco significativa, o fenómeno ocorre sem deformação, e as rochas são não foliadas. Durante o metamorfismo de contacto, as argilas originam rochas metamórficas de grão muito fino denominadas corneanas . As rochas calcárias originam mármores. Os mármores também se podem formar por metamorfismo regional. Uma alteração química muito frequente nas auréolas metamórficas é a perda progressiva de água pela acção do calor. Manifesta-se pelo aparecimento de minerais anidros de alta temperatura (por exemplo, piroxenas) e pela ausência de minerais portadores do grupo OH.
Metamorfismo Regional
O metamorfismo regional revela-se em grandes extensões da crosta terrestre, onde existem séries complexas de xistos cristalinos. Tudo indica que a sua formação está relacionada com os grandes movimentos orogénicos, produzidos nos geossinclinais. Nestas regiões, uma sedimentação muito activa e o abaixamento progressivo da superfície terrestre fazem com que as rochas fiquem sujeitas a temperaturas muito elevadas. Devido a este aquecimento, a crosta, nos níveis superficiais, expande-se para cima, sofrendo portanto grandes pressões laterais da região envolvente. Estas pressões orientadas são um factor essencial no metamorfismo regional. Trata-se de uma pressão que varia com a direcção e que, por isso, se distingue da pressão vulgar.
Nos níveis mais profundos dos geossinclinais a elevação da temperatura será tão grande que as rochas deixarão de resistir às acções externas e passarão a oferecer as condições da chamada zona de fluência.
Tal como o metamorfismo de contacto, também este envolve deformações mecânicas e fenómenos de recristalização e encontra-se intimamente ligado à génese de cadeias montanhosas.
Inicialmente aparecem as deformações mecânicas, porém ao mesmo tempo que a profundidade aumenta começa a recristalização com a formação de novos minerais.
As diferentes zonas metamórficas são delimitadas por superfícies de igual metamorfismo chamadas isógradas, definidas pelos pontos onde ocorrem pela primeira vez determinados minerais indicadores. Podemos assim dizer que as isógradas delimitam diferentes zonas metamórficas.
Ao conjunto de rochas que derivam de um único tipo de rocha dá-se o nome de sequência metamórfica. Como exemplo temos o caso do xisto argiloso a partir do qual se pode formar uma sequência de rochas.
Publicada por Maryy à(s) 13:34 0 comentários
Dobras & Falhas
Denomina-se de falha uma fractura que tenha ocorrido nas rochas com um consequente deslocamento relativo dos blocos resultantes. O deslocamento de um ou dos dois blocos processa-se ao longo do plano de fractura. Quando ocorre uma fractura sem o deslocamento de blocos, essa é denominada junta ou diáclase.
Plano de falha: é a superfície decorrente do falhamento e na qual os blocos se deslocam. Tal plano pode ser medido, determinando o tipo de falhamento ocorrido, O plano de falha apresenta-se na maioria das vezes, muito polido ou estriado ou em degraus escalonados que indicam o sentido do movimento dos blocos.
Linha de falha: é a linha que resulta da intercessão do plano de falha com a superfície do terreno. Nos mapas geológicos elas aparecem como segmentos de retas as vezes sinuosas.
Teto ou capa: é o bloco que se acha na parte superior de um plano de falha inclinado.
Muro ou lapa: é o bloco que se acha na parte inferior de um plano de falha inclinado.
- Falha normal ou de gravidade: é aquela em que o tecto baixou em relação ao muro. Tais falhas resultam de um esforço de tensão. O mergulho do plano de falha pode variar de quase horizontal a vertical, entretanto são mais comuns mergulhos superiores a 45o.
- Falha inversa ou de empurrão: é aquela em que o tecto sobe em relação ao muro. São produzidas por esforços de compressão.
- Falha horizontal ou de cisalhamento: é aquela em que o deslocamento ‚ é paralelo à direção da falha, ou seja, horizontal.
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Tipos de deformações nas rochas
Resposta à tensão
Deformação elástica: é uma deformação reversível. Quando cessa o estado de tensão, o material recupera a forma/volume iniciais e verifica-se quando a tensão exercida na rocha não supera o seu limite de elasticidade.
Deformação plástica: é permanente e irreversível. Ocorre acima do limite de elasticidade, em que se altera a forma e o volume dos materiais, mesmo que cesse a actuação do estado de tensão. Em algumas condições ambientais, devido à contínua acção do estado de tensão, as rochas atingem o limite de resistência máxima (limite de plasticidade), entrando em ruptura (deformação frágil, que origina deformações descontínuas).
Comportamento mecânico das rochas
- Comportamento dúctil (pressões elevadas e altas temperaturas): a rocha tende a deformar-se mas não se fractura, originando dobras como resultado das tensões a que está sujeita;
- Comportamento frágil (pressões baixas e temperaturas abaixo do ponto de fusão dos minerais): como os materiais, nestas circunstâncias, estão muito rígidos, a deformação pode conduzir à fractura dos blocos rochosos, originando falhas.
Publicada por Maryy à(s) 12:25 0 comentários
Magmatismo
- Imiscibilidade de líquidos - consiste na separação de um líquido inicialmente homogêneo em duas fases líquidas distintas composicionalmente. Em muitos processos de fusão, a imiscibilidade dos líquidos resulta em um líquido rico em metais separado de um líquido rico em fases silicatadas;
- cristalização fracionada - o magma primário pode conter cristais e quando estes possuem uma densidade distinta do magma, e em condições favoráveis, pode-se produzir a separação desses cristais, por acumulação na porção superior (os feldspatos, por exemplo) ou no fundo da câmara magmática (olivinas, piroxênios, por exemplo). Isto origina a segregação de determinados componentes minerais, variando a composição do magma residual;
- assimilação - durante a ascensão em direção à superfície, o magma pode fundir porções das rochas encaixantes e incorporá-las, variando assim a composição do magma original;
- mistura de magmas - ocorre fundamentalmente durante a residência em câmaras magmáticas, como conseqüência do aporte de novas pulsos de magmas primários, que variam a composição do magma ali acumulado.
CRISTALIZAÇÃO DOS MAGMAS
Quando o magma começa a arrefecer a maior parte desses elementos químicos começam a formar ligações químicas e cristalizarem na forma de minerais (cristais). Esta cristalização inicia quando há uma queda da temperatura no magma abaixo de um valor crítico, que varia com a composição do magma e também, em menor escala, com a pressão. A cristalização não é total, isto é, não ocorre ao mesmo tempo e sim durante um longo intervalo de temperatura, originando minerais numa determinada seqüência (a ordem de cristalização). Esta seqüência é determinada por dois fatores principais: a termodinâmica do processo de cristalização e a composição do magma que está cristalizando. O primeiro fator foi estudado por um cientista chamado Bowen, que observou que a cristalização dos minerais durante o resfriamento de um magma segue, de maneira geral, uma seqüência determinada, que pode-se dividir em dois grandes ramos: o denominado ramo descontínuo (minerais ferromagnesianos; olivina - piroxênio - anfibólio - mica) e o ramo contínuo (plagioclásios cálcicos e sódicos; anortita - bitownita - andesina - labradorita - albita), que convergem para um tronco comum, que corresponde a cristalização do feldspato potássico e do quartzo, sempre os últimos a cristalizar. Isto é conhecido com o nome de Série de Bowen. A maior ou menor evolução da série depende fundamentalmente do conteúdo inicial de sílica, visto que as reações dos minerais ferromagnesianos (olivina - piroxênio - anfibólio - mica) implicam em um consumo crescente desse componente.
Publicada por Maryy à(s) 12:00 0 comentários
sábado, 28 de março de 2009
Processos de Fossilização
Moldagem - as partes duras dos organismos acabam por desaparecer deixando nas rochas as suas marcas (impressões).
Mineralização - os materiais originais que compõem o ser vivo são substituídos por outros mais estáveis.
Conservação - o material original do ser vivo conserva-se parcial ou totalmente nas rochas ou em outros materiais.
Publicada por Maryy à(s) 04:56 0 comentários
Rochas
Publicada por Maryy à(s) 04:44 0 comentários